Empresa brasileira investe na atualização de suas fábricas em Mauá e Votorantim desde 2022, mesmo em meio a pressões econômicas, para manter posição no competitivo mercado de embalagens flexíveis.
Vitopel, fabricante nacional de filmes BOPP (polipropileno biorientado) para embalagens flexíveis, segue desde 2022 em um plano contínuo de modernização industrial que inclui a instalação de uma nova metalizadora de tecnologia inglesa de última geração. O investimento — realizado em meio a um cenário econômico instável, com alta de juros, inflação e gargalos logísticos — é parte da estratégia da empresa para ampliar sua presença em mercados de alto valor agregado e enfrentar a crescente concorrência no setor.
A associada ao Think Plastic Brazil, portfólio de soluções para o setor de produtos transformados em plástico no processo de internacionalização para os mercados-alvo, realizado por meio de uma parceria entre a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e o INP (Instituto Nacional do Plástico), vem atualizando seus processos produtivos para atender às novas demandas de performance dos filmes biorientados, como menor espessura, maior brilho, resistência térmica e melhores propriedades de selagem. As melhorias não se limitam à eficiência operacional: a Vitopel quer também ganhar fôlego para disputar espaço no cenário internacional, especialmente nas Américas.
“A Vitopel tem a vocação clara de ser uma provedora mundial de soluções para embalagens flexíveis de produtos especiais”, afirma João Batista, gerente industrial da empresa. Segundo ele, o diálogo com convertedores e grandes marcas tem impulsionado o desenvolvimento de filmes com barreira aprimorada e melhor desempenho óptico.
Modernização técnica e salto produtivo
A nova metalizadora marca uma das etapas mais avançadas do plano de investimentos, mas não é o único movimento da empresa. Em outubro de 2024, a Linha 4 da fábrica de Votorantim passou por um processo completo de modernização com apoio da alemã Brückner Servtec, referência em tecnologia industrial para o setor. A intervenção durou 45 dias, mobilizou mais de 100 profissionais terceirizados e foi considerada um sucesso técnico — embora o cronograma e o volume de operação tenham imposto desafios logísticos e operacionais.
A reestruturação incluiu a substituição de componentes eletrônicos, a atualização de sistemas elétricos e mecânicos e a implementação de um novo sistema de controle. A mesma modernização está prevista para a Linha 5 da unidade de Mauá em 2025.
Em 2023, as linhas consideradas de menor complexidade — Linha 3 (Votorantim) e Linha 4 (Mauá) — também passaram por atualizações. Desde 2021, a empresa vem promovendo melhorias estruturais nas plantas, incluindo a adoção do sistema IPC (Controle Integrado de Processo) nas linhas de BOPP.
Mercado exige transformação
A pressão por inovação e desempenho técnico tem sido um fator determinante para a atualização do parque industrial. A Vitopel reconhece que os filmes plásticos utilizados em embalagens precisam acompanhar exigências cada vez mais rigorosas — não só dos clientes diretos, como também dos consumidores e órgãos reguladores, em temas como sustentabilidade, reciclabilidade e eficiência energética.
“A competitividade da indústria brasileira de plásticos transformados depende diretamente de investimentos consistentes em modernização e diferenciação técnica. A Vitopel é um exemplo de como é possível responder às exigências do mercado global com estratégia e inovação”, afirma Carlos Moreira, Diretor-Executivo do INP e de projetos do Think Plastic Brazil.
Com os novos equipamentos e processos, a expectativa da companhia é oferecer produtos com características diferenciadas e competitivas, buscando uma posição mais sólida em nichos de maior valor agregado.
Apesar de manter o plano de investimentos em andamento, a Vitopel — como outras indústrias do setor — ainda enfrenta o desafio de equilibrar inovação com custos, especialmente num contexto de margens pressionadas e concorrência asiática crescente.
Foco na competitividade regional e internacional
A empresa mira a expansão da atuação nas Américas e aposta na oferta de soluções mais técnicas e customizadas para conquistar novos contratos. A combinação entre atualização tecnológica e desenvolvimento de produtos sob demanda tem sido uma das apostas da Vitopel para se diferenciar.
Ainda assim, analistas do setor apontam que, além da modernização fabril, será necessário reforçar estratégias comerciais e buscar alianças internacionais para sustentar o ritmo de crescimento. No mercado de embalagens plásticas, inovação técnica e inteligência de mercado andam juntas — e o tempo entre uma atualização e outra costuma ser curto.
Sobre o Think Plastic Brazil
O Think Plastic Brazil começou suas atividades com 38 empresas e, ao longo dos últimos 20 anos, expandiu sua participação para mais de 220 empresas. Nesse período, o Portfólio promoveu 4.773 participações de empresas do setor em 240 projetos especificamente de Promoção Comercial, resultando em 64.366 reuniões. O impacto econômico foi significativo, com mais de US$ 1,247 bilhão em negócios gerados e um investimento total de US$ 12,338 milhões, alcançando um ROI impressionante de US$ 101,04 para cada dólar investido.
Para os interessados em se juntar ao Portfólio, entre em contato com Richard Assis pelo e-mail richard.assis@thinkplasticbrazil.com ou visite o site thinkplasticbrazil.com.
Sobre o INP
Fundado em 1989, o Instituto Nacional do Plástico (INP) surge em meio ao processo de globalização e da necessidade de tornar o mercado plástico mais competitivo internacionalmente. Sua força e representatividade se dão devido à união da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST), da Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM) e do Sindicato das Indústrias de Resinas Sintéticas no Estado de São Paulo (SIRESP).
O objetivo do INP, como entidade tecnológica setorial, é ser a vertente de toda a cadeia produtiva do plástico no Brasil. Para isso, a entidade mantém um extenso programa de qualificação da mão de obra, promove o acesso às mais modernas tecnologias, em especial às pequenas e médias empresas, e desenvolve Normas Técnicas para a fabricação de produtos com melhor qualidade.
Sobre a ApexBrasil
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para alcançar os objetivos, a ApexBrasil realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira, entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.
A Agência também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país.