Ana Paula Repezza, diretora da ApexBrasil, fala sobre a Mesa Redonda Mulheres na Liderança, que acontecerá no World Plastic Connection Summit

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O World Plastic Connection Summit será realizado no Blue Tree Premium Alphaville (Alameda Madeira, 398 – Alphaville, Barueri – SP), de 21 a 24 de agosto de 2023, com transmissão simultânea em português, espanhol e inglês. Durante o Seminário, no dia 21 de agosto, a diretora de negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza, mediará a mesa Redonda Mulheres na Liderança, ao lado de Maria Prado (Fame); Magdala Moraes (Terphane); Natalie Ardrizzo (Termolar) e Renata Canteiro (Embaquim). Conversamos com ela sobre as expectativas do evento e o tema do debate. Confira:

 

Atenção Junto Crédito da foto: Divulgação / ApexBrasil.

 

TPB: Quais são as ações formatadas pela ApexBrasil para promover a equidade de gêneros dentro dos projetos setoriais e no mercado como um todo?

Ana Paula Repezza: Atualmente, as mulheres são sócias majoritárias de apenas 14% das empresas brasileiras exportadoras. Frente a essa realidade, em março de 2023, a ApexBrasil estabeleceu seu compromisso com a equidade de gênero e se comprometeu com o desenvolvimento de um programa voltado para mulheres que atuam ou querem atuar no mercado internacional.

Assim, em junho, lançamos oficialmente o Programa Mulheres e Negócios Internacionais (MNI), cujo objetivo é reunir diversas entidades parceiras no esforço de ampliar a participação de empresas brasileiras lideradas por mulheres nas exportações, na internacionalização e na atração de investimentos. Empresárias de todos os setores, sócias ou em posições executivas, interessadas em expandir-se no mercado internacional, estão convidadas a participar.

Entre as atividades previstas estão ações de inteligência de mercado, capacitação e promoção comercial, além de eventos e rodadas de negócios. O intuito é oferecer tanto ferramentas técnicas para inserção internacional dessas empresárias, como construir uma rede de mulheres, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais fundamentais na hora da negociação com parceiros estrangeiros.

A primeira iniciativa do Programa, a mentoria “Elas Exportam, foi lançada recentemente, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)”. Empresárias experientes em mercados internacionais oferecerão mentoria customizada para aquelas que têm interesse em iniciar ou ampliar as exportações.

Dado o tamanho do desafio em atingir a paridade de gênero na inserção internacional, o esforço precisa ser coletivo. Por isso, o Programa MNI será realizado de maneira transversal. Em relação aos projetos setoriais, desenvolvidos em parceria com entidades, inicialmente estamos em fase de diagnóstico sobre a participação de mulheres nas ações de internacionalização. A partir daí, projetaremos ações específicas, em conjunto.

TPB: Qual a importância do tema ser abordado em um evento como o World Plastic Connection Summit?

Ana Paula Repezza: Segundo estudo recente do MDIC, no Brasil, 32,5% dos empregos nas firmas que atuam no comércio exterior são ocupados por mulheres. Em 2019, eram 2,6 milhões de empregadas, concentradas, sobretudo, nas empresas que exportam produtos de maior valor agregado, para destinos de maior renda, como é o caso das de plástico transformado. Por isso, iniciativas que dão destaque às mulheres do setor contribuem para estimular a participação feminina em posições de liderança na expansão para mercados estrangeiros. Abordar esse tema no World Plastic Connection Summit, um evento tão relevante para o segmento, voltado à internacionalização, é parte desse movimento.

É importante lembrar que, apesar de as empresas engajadas no comércio internacional pagarem maiores salários, ainda há defasagem salarial entre homens e mulheres. De acordo com o mesmo estudo do MDIC, nas empresas da indústria de transformação que exportam ou importam, essa diferença é de 28,4%. Debater a participação feminina no setor é, portanto, fundamental para garantir que cada vez mais mulheres se beneficiem do comércio exterior, de forma equitativa.  A maior inserção de mais mulheres nessas posições também representa um círculo virtuoso para toda a sociedade, já que os estudos mostram que elas investem mais em educação para seus filhos e em saúde nas suas comunidades.

TPB: Que tipo de insights você acredita que a mesa redonda Mulheres na Liderança pode fornecer às empresas de plástico transformado?

Ana Paula Repezza: O Brasil é um dos países mais empreendedores do mundo, e a taxa de participação de mulheres empresárias têm crescido. O nosso desafio é qualificar essas mulheres, tanto as capacitando em questões técnicas como as auxiliando na superação de crenças limitantes e vieses inconscientes. As reflexões geradas em painéis como esse, com empresárias em posições de liderança, contribuem justamente para que se perceba que os estereótipos de gênero nada mais são do que preconceitos.

Conhecer a experiência de empresárias bem-sucedidas é fundamental para as que estão trilhando a mesma trajetória ou têm interesse em trilhar. As oportunidades e desafios vividos por Maria Prado, gerente de exportação da FAME, Magdala Moraes, Diretora na TERPHANE, Natalie Ardrizzo, CEO da Termolar, e Renata Canteiro, Diretora na Embaquim, que comporão o painel, certamente gerarão identificação e inspirarão muitas mulheres do setor. Além disso, essas representantes da indústria são referência para que o setor como um todo reflita sobre a importância de dar mais oportunidades para lideranças femininas.

Confirma a programação do seminário e inscreva-se em https://thinkplasticbrazil.com/wpc_summit_2023/